sexta-feira, 2 de abril de 2010

50 anos de Renato Russo.




por: Andréia Rocha


Não foi a toa que no final do mês de março, o Brasil foi coberto por homenagens ao cantor e compositor Renato Manfredini Junior. Nascido em 1960, Renato Russo completaria no dia 27 de março, 50 anos. A princípio com a banda ‘Aborto Elétrico’, em seguida em carreira solo, e finalmente, no apogeu de sua carreira, com a Legião Urbana, junto a Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá, e Renato Rocha, ele influenciou gerações, influenciou o rock, influenciou meninos e meninas, pintou calçadas com giz, em melodias jamais esquecidas.

Para homenagear o “trovador solitário”, a mídia em geral e as casas de shows realizaram tributos e programas especiais, como o “Altas Horas”, que levou músicos que participaram da vida de Renato. Dentre eles, Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá e Dinho Ouro Preto. Bandas como Jota quest, Móveis Coloniais de Acaju, Cidadão Instigado também se renderam às faixas da “legião”. O canal Multishow não ficou de fora: levou músicos de renome como os do Charlie Brown jr, Cidade Negra, Biquini Cavadão, Detonautas, Capital Inicial, além de Paulo Ricardo, Vanessa da Mata, Nasi e Plebe Rude.

A cidade de Teresina também prestou sua homenagem, na quarta-feira, 31 de março, no Palácio da Musica. O músico Aislan Leal, que fez o tributo a Renato Russo, se apresentou como Renato: "Eu sou o Renato Russo. Eu escrevo as letras, eu canto;
Nasci no dia 27 de março, eu tenho 23 anos
E sou Áries e ascendente em Peixes.
Eu trabalhava com Jornalismo, rádio, era professor de Inglês também
e comecei a trabalhar com 17 anos e tudo.
Mas só que de repente tocar Rock era uma coisa que eu gostava mais de fazer
E como deu certo eu continuo fazendo isso até hoje
", descrição a qual Renato usou no CD “Uma Outra Estação”. No repertório, Aislan misturou músicas de cada Cd, (a banda lançou mais de 10 discos, dentre eles, coletâneas, álbuns ao vivo, um CD com músicas em italiano, nomeado “Equilíbrio Distante”), Aislan surpreendeu o público cantando assim como Renato, em inglês e italiano.

O “Jornal da Globo” também fez menção ao músico, na coluna de Nelson Mota, que descreveu Renato como um dos artistas mais talentosos e carismáticos da música brasileira. Renato foi tão cultuado que se transformou em um personagem messiânico para multidões de fãs. Era culto, sofisticado e solitário”

Muitas outras homenagens foram direcionadas ao poeta do rock ao longo dos anos. Livros bibliográficos publicados como: “O Trovador Solitário”, “Renato Russo de A a Z”, “Renato Russo, o Filho da Revolução” são apenas um arquivo escrito de como o músico foi importante, especialmente na época da ditadura militar, inspirando milhares de seguidores.

Renato Russo, em suas canções, falou de amor, de guerra, da ditadura, de esperança, de atrocidades, de sexualidade, do governo Collor, de suicídio, de opressão, de Eduardo e Mônica. Independente do assunto, sua letras eram recheadas com lirismo. Adorava inglês, cantava também em inglês, era melancólico e místico. É considerado gênio por muitos, era sensível, polêmico, crítico, corajoso, tinha inteligência intrigante. Renato é eterno, e sem dúvida se perpetuará, com merecimento, como o ‘Poeta do Rock’, por mais 12, 50, 100 anos, impressionando, sendo admirado e louvado por outras novas gerações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário