sexta-feira, 28 de maio de 2010

Na Terra do Sol, há quem procure seu lugar


Por W.Benário

Enquanto a fabrica de musicalidade piauiense não entra em uma estrada certa rumo à indústria nacional de discos e de sucesso, a atuação de bandas locais com visões inovadoras brilha dentro dos pequenos palcos que nossa capital oferece, apesar da falta de investimentos e incentivos.

Numa tendência considerara quase que irreversível, a falta de estímulos para uma cultura de bandas com sons fortes e típicos de nossa terra e montada apenas para um pequeno público é restringida a quem procura de verdade canções que valham à pena se curtir dentro de uma noite cultural teresinense.

O modelo que se segue é o mesmo em qualquer lugar do país e do mundo. É uma nova tendência em contrapartida à pirataria, falta de incentivo e outras coisas que desestimulam qualquer banda que queira garantir seu lugarzinho ao sol. A música independente emerge da fúria das inconformadas bandas de garagem. Tocar em casa de amigos, sair de boca em boca, chegar à moda dos pubs, bares ou festivais se tornou a highway de nossos pequeno-grandes músicos.

Mais o que é que falta para nosso pequeno cenário brilhar nacionalmente? A resposta é simples: a falta de crença nessas bandas é nosso principal problema. O preconceito em achar que nossos produtos são apenas peça de festivais e bares com público limitado nos faz pensar que não acreditamos no sucesso do nosso som lá fora. O preconceito parte de nós mesmos: o público.

Na diversidade e distinção do nosso cenário, vemos verdadeiras bandas que tem o que mostrar e dão não só o braço, mas se entregam de corpo e alma para se estabelecer uma inovação na nossa pequena fabrica de talentos. “Radiofônicos”, “Validuaté”,” Roque Moreira”, “Batuque Elétrico”, “Vavá Ribeiro”, são exemplos de garantia cultural na Terra do Sol, se firmando, formando publico, expressando o que há de melhor.

A valorização do produto local seria o primeiro passo para mostramos que nossas bandas têm potencial distinto e inigualado em relação a outros estados. Já que não há um incentivo por parte do governo, muito menos do ministério da Cultura no segmento de música, faremos nós mesmos nossa parte, apoiando nossos artistas.

Uma ação muito importante, porém, insuficiente para a sustentabilidade do músico, com exceção dos espectadores, é a imensidão de produtividade e a capacidade de inovação que eles têm pra mostrar e de alcançar algo além de pequenos shows.