quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Reportagem da Época sobre efeitos da internet sobre o cérebro

Caros alunos, segue link da matéria interessantíssima sobre como a vida multitarefa criada pela navegação na internet pode afetar o funcionamento do cérebro da geração que cresceu online. É um dos muitos textos que pesquisadores, estudantes e interessados no assunto não podem deixar de ler. Cliquem aqui

terça-feira, 8 de novembro de 2011

“O jornalismo no Piauí avançou muito pouco”, declara editor executivo do Diário do Povo

Por Taís Alencar

O jornalista Mussoline Guedes, editor executivo do jornal Diário do Povo, compartilhou experiências de sua longa carreira para os alunos da Faculdade Ceut, durante uma aula especial realizada nesta segunda (7), a convite da professora Cristiane Ventura. Guedes revelou as dificuldades que enfrentou ao longo dos muitos anos de exercício da profissão, além de relembrar seu trabalho em outros veículos de comunicação do Piauí.

Segundo o jornalista, os portais de internet do Piauí não informam o leitor como deveriam. “A notícia dos portais é rarefeita e menos aprofundada que os outros veículos de informação”, afirmou. Ainda segundo Guedes, o jornalismo do Estado precisa de uma reviravolta, tanto para os portais como para os outros meios de comunicação.

Questionado sobre a valorização dos profissionais da área, o editor executivo do Diário do Povo afirma que são os próprios jornalistas que se desvalorizam. “Diploma nenhum, ensina uma pessoa a escrever bem, mas é necessário que os jornalistas procurem avançar e se valorizar no mercado”, enfatizou.

Para Guedes, o principal papel do jornalista é proporcionar transformações na sociedade. E defende que o profissional tem que ter consciência sobre o que escreve. “Temos que ter consciência sobre o impacto que causa nas pessoas o que escrevemos. O grande lance do jornalismo é buscar sustentação para aquilo que se escreve”.

Mussoline Guedes declarou que o jornalista no Piauí tem liberdade de escrever o que pensa e que a política não interfere no conteúdo ou no teor das notícias. “Eu não acredito que a política interfira nas notícias do jornal. Mas também não iremos colocar uma matéria que é contra os interesses de nossos anunciantes”, explica.

O jornalista analisou ainda que o jornalismo piauiense avançou muito pouco nos últimos dez anos e lançou sobre os acadêmicos presentes à aula especial o desafio de fazer um jornalismo melhor, independente e que transforme a realidade de muitas pessoas.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Os três lados da moeda


Por Marcelo Medeiros


De que vale a liberdade de expressão sem o compromisso da ética profissional? Muitos pensam que ter liberdade e expressar seus pensamentos livremente na internet ou em qualquer grande canal midiático é poder conquistar um número maior de pessoas. Como em qualquer profissão, a forma como se trabalha no jornalismo é feita de escolhas. O jornalista escolhe trabalhar pela mudança ou trabalhar pela conservação. E tudo o leva a trabalhar pela conservação.

O papel da Academia é formar profissionais éticos e aptos a trabalhar em grandes corporações que, por sua vez, seguem pela conservação do status. Se, no caso do humorista Rafinha Bastos o problema ético foi criado, a solução precisa ser pensada a partir das empresas de comunicação. Elas trabalham sob uma lógica liberal: a lógica do indivíduo prevalecendo sobre o coletivo, do lucro e do espetáculo em detrimento do humanismo.

A transformação da notícia em espetáculo, como aparece no humorístico CQC, da Band, do qual Rafinha fez parte até bem pouco tempo, é uma prática muito comum. A confusão entre jornalismo e telespectadores é provocada pelas empresas de comunicação. O poder para corromper e criar factóides é o que as grandes empresas de mídia chamam de “liberdade” quando urram contra um novo marco regulatório para as comunicações, contra um controle social da mídia. Este é o único setor totalmente desregulado. Essa liberdade de empresa e de aplicação jornalística de conceitos éticos duvidosos é o que eles querem manter.


Rafinha Bastos, formado para trabalhar nessa lógica, muitas vezes não vê problemas em reproduzi-la. Muitos dos que buscam fugir disso e trabalhar de outra forma acabam engolidos pelo mercado. Então trabalham pela conservação e ignoram o jornalismo como instrumento de mudança social. O jornalismo independente e alternativo é um caminho diferente.